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QUEDAS E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS BRASILEIROS: PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE, 2013.

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Introdução: Com o avançar da idade o indivíduo torna-se mais frágil e exposto ao risco de quedas. A queda é um evento multifatorial, resultado cumulativo das alterações relacionadas ao envelhecimento, doenças e meio-ambiente. Objetivo: Estimar a prevalência de quedas que levaram à busca por serviços de saúde entre os idosos brasileiros e a associação com características demográficas, socioeconômicas e comportamentais. Método: Este trabalho é baseado em dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013, pesquisa de base domiciliar integrante do Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares do IBGE. O questionário da PNS foi aplicado em 64.348 domicílios, entre agosto de 2013 e fevereiro de 2014. Resultados: Foram avaliados 11.177 idosos, entre esses, 911 (7,38%) relataram pelo menos uma queda nos últimos 12 meses, que necessitou de procura de serviços de saúde. A chance de queda foi maior nas mulheres (RC:1,31; IC95%: 1,01; 1,71), indivíduos com idade entre 70 e 79 anos (RC:1,43; IC95%:1,09;1,88) e 80 anos ou mais RC:1,99; IC95%:1,43;2,77), viúvos (RC:1,43; IC95%:1,08; 1,88), entre aqueles que praticavam menos de 150 minutos de atividade física semanal (RC: 1,68; IC95%: 1,13; 2,50). Fazer uso de auxílio para a marcha (RC:2,77; IC95%: 1,96; 3,93), maior número de doenças pré-existentes (RC:2,72; IC95%: 1,86; 3,97) e percepção ruim/muito ruim de saúde também se associaram com aumento na chance de quedas (RC:1,82; IC95%: 1,27; 2,63). Conclusões: Os resultados sugerem que as quedas estão associadas a pior estado de saúde. Indicando a necessidade de mais medidas de prevenção para reduzir a ocorrência e complicações associadas.