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PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DEPRESSIVOS EM RESIDENTES RURAIS DO SUL DO BRASIL

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Objetivos Avaliar a prevalência e os fatores associados à sintomatologia depressiva em residentes na zona rural. Métodos Estudo transversal de base populacional realizado com 1.453 indivíduos, de 18 anos ou mais, na zona rural de Pelotas(RS). Para avaliar a sintomatologia depressiva foi utilizada a Escala de Depressão Pós-Natal de Edimburgo, validada para a população geral. Empregou-se o ponto de corte ≥8 pontos, mais adequado para identificar indivíduos com maior risco de depressão. As variáveis de exposição avaliadas foram: sexo, idade, cor da pele, situação conjugal, escolaridade, classe econômica, local de trabalho, trabalho rural tempo de moradia na zona rural, atividade física de lazer, tabagismo, padrão do consumo de álcool, número de morbidades, autopercepção de saúde e qualidade do sono. As razões de prevalência brutas e ajustadas foram obtidas por meio de Regressão de Poisson. Resultados A prevalência de sintomas depressivos foi de 35,4% (IC95% 31,5%; 39,3%). As mulheres (RP: 1,75 IC95% 1,45; 2,13), indivíduos com até quatro anos de estudo (RP: 1,62 IC95% 1,22; 2,16), pior condição socioeconômica (classes D/E) (RP: 1,49 IC95% 1,22; 1,83), maior número de doenças crônicas (RP: 1,74 IC95%:1,24; 2,45), autopercepção de saúde ruim/muito ruim (RP: 1,78 IC95%:1,37; 2,32) e dificuldade severa para dormir (RP: 2,79 IC95% 2,10; 3,72) apresentaram as maiores prevalências de sintomatologia depressiva após o ajuste. Conclusões Moradores da zona rural apresentam elevada prevalência de sintomas depressivos. Dessa forma, ressalta-se a importância do rastreio de depressão em populações rurais e ações específicas aos subgrupos que apresentaram as maiores prevalência de sintomatologia depressiva.