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Objetivos: Analisar a prevalência da hepatite B em gestantes residentes no município de São Paulo, atendidas no pré-natal da Rede de Atenção Básica do Sistema Único de Saúde. Métodos: Realizado estudo transversal retrospectivo. Foram incluídas as gestantes com 3 ou mais consultas durante o pré-natal , registradas no Sistema de Informação do Pré-Natal entre janeiro e junho de 2012 (n=38.896). Foi feita amostragem aleatória em 111 Unidades Básicas de Saúde/Estratégia de Saúde da Família e sorteadas 2600 gestantes, baseada em estimativa de prevalência de 0,7% e 20% de perdas. Foram coletados dados de sorologia de hepatite B, sócio-demográficos, clínicos e da imunoprofilaxia do recém-nascido. Resultados: A amostra final foi n=2423. Do total, 45,6%(1094/2400) tinha entre 15 e 24 anos de idade. A maioria possuía o ensino médio incompleto (48,2%;1068/221) e 43,2%(989/2288) eram da raça/cor branca. A proporção de HIV foi de 0,15%(3/2062). A prevalência de hepatite B (HBsAg e AntiHBc reagentes) foi 0,17% ( 4/2423) (IC 95% 0,003%-0,327%). Não foram identificados casos de co-infecção HIV/hepatite B. Dos 4 casos de mães com hepatite B, todos os recém-nascidos foram vacinados na maternidade no pós parto imediato e concluíram posteriormente o esquema vacinal.. Conclusões: Esse estudo contribui para o conhecimento da situação da hepatite B em gestantes no município de São Paulo, reforça a necessidade do diagnóstico durante o pré-natal, das ações de imunoprofilaxia e do acompanhamento das crianças expostas.