Favoritar este trabalho

Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico da mortalidade materna por hemorragia pós-parto (HPP), no Estado do Paraná, no período de 2012 a 2016. Estabelecer a razão de mortalidade materna (RMM) por HPP no estado e nas regionais de saúde, e a distribuição das causas de óbito por HPP. Metodologia: Estudo quantitativo descritivo com utilização de dados secundários das bases do Sistema de Informação de Mortalidade e Sistema de Informação de Nascidos Vivos, e revisão de literatura. Resultados: No período de 2012 a 2016 foram constatados 62 óbitos por hemorragia, sendo 45 óbitos maternos por HPP no Paraná. A RMM média do Paraná foi de 5,7/100.000 nascidos vivos e a regional de saúde com maior RMM foi Telêmaco Borba. A principal causa de óbito materno foi atonia uterina, seguida de trauma e retenção de restos teciduais ou placenta na mesma proporção. A frequência de óbitos maternos por HPP foi maior na raça/cor branca, na faixa etária de 30 a 39 anos e escolaridade de 8 a 11 anos. Conclusões: Nos últimos anos, houve oscilação da mortalidade materna por HPP no Estado do Paraná que não foi homogênea nas regionais de saúde com predominância de atonia uterina, em mulheres brancas de 30 a 39 anos e com 8 a 11 anos de escolaridade. A mortalidade materna por HPP corresponde a 25% das mortes maternas a nível global e 13,6% no Paraná. Identificar o perfil epidemiológico destas mortes permite planejar os programas de atenção à saúde da mulher para redução de óbitos evitáveis.