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Objetivo: Conhecer o percentual de Unidades Básicas de Saúde que realizam ações para o controle da tuberculose no Brasil. Métodos: Estudo descritivo, abrangendo as Unidades Básicas de Saúde que apresentaram pelo menos uma equipe de atenção básica (eAB) avaliada pelo 2º ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) em 2013-2014. As equipes foram agrupadas no nível de suas respectivas unidades de saúde totalizando 24.038, das quais, 85,5% tinham uma eAB avaliada, e 14,5% com duas e mais. Resultados: Do total de unidades avaliadas, 80,9% possuíam a estimativa anual de casos de tuberculose e de sintomáticos respiratórios (SR), e 96,7% solicitavam baciloscopia para o diagnóstico. No entanto, 67,7% realizavam busca ativa de casos e 55,6% faziam a coleta de amostra de escarro na primeira consulta. No que se refere à realização das ações de controle de tuberculose, 63% das unidades referiram que fazem simultaneamente a busca ativa de casos, investigação de contatos, diagnóstico, tratamento e acompanhamento. Esse resultado variou de 42,5% no Espírito Santo a 84,4% em Roraima. Conclusões: No Brasil, estudos prévios demonstram que a maioria das pessoas com tuberculose (61,4%) residentes nas capitais são assistidas por serviços de atenção básica. No entanto, este estudo revela que nem todos esses serviços ofertam todas as ações necessárias para o cuidado da pessoa com tuberculose. Sugere-se que a avaliação realizada pelo PMAQ-AB seja utilizada pelos gestores locais para a identificação de serviços que necessitam fortalecer as ações de controle da tuberculose.