77056

O LOCAL DE RESIDÊNCIA COMO UM FATOR DE EXPOSIÇÃO DIFERENCIAL AOS EFEITOS NOCIVOS DA POLUIÇÃO E DA TEMPERATURA

Favoritar este trabalho

Objetivo: verificar os efeitos do PM2,5 e da temperatura na mortalidade por doenças cardiovasculares (DC) segundo status socioeconômico e proximidade do tráfego veicular Método: Investigou-se os efeitos da temperatura (média e máxima) e do PM2,5, utilizando-se a classe dos modelos aditivos generalizados com a opção de regressão de Poisson, a 5% de significância. A interação entre a Proximidade do Tráfego Veicular e o Status Socioeconômico no entorno residencial foi analisada através da estratificação do modelo de acordo com os respectivos endereços de residência. A proximidade do tráfego foi dividida em: a) até 150 metros de distância e b) acima de 150 metros de distância. O status socioeconômico no entorno residencial foi categorizado em: a) Alto e b) Baixo a partir da mediana (3,9%). Calculou-se o percentual de risco relativo (%RR) dos óbitos por DC para cada aumento linear de 10 μg/m3 nos níveis de PM2.5 e 1ºC na temperatura máxima. Resultados: A mortalidade por DC apresentou %RR 1,64 (IC95%: -0.03; 3.33) relacionada a temperatura máxima e %RR 4,60 (IC95%: 0,78; 8,56) relacionada ao PM2,5, em áreas com alta exposição ao tráfego veicular. Em áreas com precárias condições de vida observou-se %RR 1,34 (IC95%: -0.31; 3.01) relacionada a temperatura máxima e %RR 3,95 (IC95%: -0,27; 8,34) associada ao PM2,5. Conclusão: Àreas com precárias condições de vida e com alta exposição ao tráfego veicular apresentam maior risco de mortalidade por DC relacionados a temperatura e ao material particulado.