74903

MORBIMORTALIDADE PREMATURA POR DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS E FATORES DE RISCOS

Favoritar este trabalho

Objetivo: Descrever, informar e empoderar gestores sobre a situação epidemiológica da morbimortalidade prematura por DCNT e seus fatores de riscos no Estado de Santa Catarina. Método: Realizou-se um estudo descritivo na população residente do Estado, considerando o período de 2006 a 2015 e a faixa etária de 30 a 69 anos. Os dados foram coletados dos sistemas de informação: SIH, SIM e IBGE. Para tabulação e análise foi utilizado o aplicativo Tabwin do DataSUS e apresentação gráfica o Excel. Resultados: Dentre as internações hospitalares no SUS por DCNT, destacam-se às doenças cardiovasculares apresentando discreta tendência de estabilização em elevadas taxas ao longo da série e uma redução de 2,5% em 2015 quando comparado com 2014. As neoplasias mostram forte tendência de aumento nas taxas de internações e um incremento de 43,8% em 2015 em relação a 2014. A forte carga de morbidades relacionadas às DCNT impactam nos valores pagos por internação, considerando o total de internações em 2015 as doenças cardiovasculares corresponderam a 26,1%. Os óbitos por DCNT vêm aumentando ao longo do período e apresentam tendência de estabilização com altas taxas, destacam-se em 2015 os óbitos por doenças cardiovasculares 54,4 e neoplasias 66,7 p/100 mil habitantes. As DCNT são fortemente influenciadas por fatores de risco modificáveis como, tabagismo, má alimentação, sedentarismo, uso prejudicial de álcool e obesidade. Conclusões: A morbimortalidade decorrente das DCNT, assim como as mortes prematuras impõem um ônus socioeconômico substancial, e representam uma ameaça ao desenvolvimento da saúde pública do século XXI no Estado.