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MORBIDADE HOSPITALAR POR DOENÇAS RESPIRATÓRIAS NA AMAZÔNIA MERIDIONAL BRASILEIRA

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Analisar a associação de efeitos isolados e modificadores das variações da umidade com a morbidade hospitalar por doenças do aparelho respiratório em período de seca extrema em municípios da Amazônia meridional brasileira. Estudo ecológico de séries temporais dos registros diários de internações de crianças menores de 5 anos e idosos acima de 65 anos, residentes em Alta Floresta e Cuiabá, Mato Grosso em 2005. Os modelos foram controlados por tendência, sazonalidade, efeitos de calendário, temperatura e PM2,5. Utilizou-se a técnica de modelos aditivos generalizados, com regressão de Poisson, 95% de intervalo de confiança. Nos modelos de efeitos isolados, o aumento de 10% da umidade reduziu -12,2% (IC95% -16,40; -7,81) o número de internações em crianças e aumentou 11,3% (IC95% 4,39; 18,75) nos idosos em Alta Floresta. Em Cuiabá, reduziu -13,0% (IC 95% -16,03; -9,89) as internações em crianças e aumentou 9,9 (IC 95% 4,9; 15,17) nos idosos. Nos modelos de interações, o efeito da umidade foi modificado pela elevação da temperatura, %RR de 33,2 (IC95% 6,89; 66,02) nas internações por idosos em Alta Floresta e Cuiabá %RR -8,32 (IC95% -14,70; -1,47) nas internações de crianças. A umidade influenciou a dinâmica das internações de modo distinto entre crianças e idosos.