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INSEGURANÇA ALIMENTAR MODERADA OU GRAVE E FATORES ASSOCIADOS NO EXTREMO SUL DO BRASIL

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Objetivo: Analisar a ocorrência e os fatores associados à insegurança alimentar moderada ou grave em domicílios da cidade do Rio Grande, Rio Grande do Sul. Métodos: Estudo transversal de base populacional em domicílios urbanos do município do Rio Grande. A amostra foi composta por 711 domicílios sorteados, os indivíduos entrevistados foram aqueles de 18 anos ou mais, de ambos os sexos reconhecidos pelos demais moradores da residência como a pessoa responsável pelo domicilio. O desfecho estudado foi insegurança alimentar moderada ou grave, a qual é caracterizada pela diminuição da quantidade dos alimentos e até mesmo pela falta de alimentos. Foi empregada a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar e os indivíduos deveriam pontuar quatro pontos ou mais na escala para ter o desfecho. Resultados: A prevalência de insegurança alimentar moderada ou grave foi de 8,9% nos domicílios. Na análise ajustada, a presença de insegurança alimentar moderada ou grave foi associada a escolaridade índice de bens em tercil, ausência de dinheiro suficiente, estado civil solteiro, consumo abusivo de álcool e apresentar estado nutricional de obesidade. Conclusão: Verificou-se à partir dos resultados que a ocorrência de insegurança alimentar moderada ou grave está associada a fatores de inequidades sócias e a algumas variáveis comportamentais que podem comprometer o orçamento familiar. E para redução da sua ocorrência são necessárias melhorias dos indicadores sociais, como aumento na oferta de emprego, renda e escolaridade. Portanto a manutenção de programas de transferência condicional de renda e de assistência social tornam-se fatores fundamentais para a redução de insegurança alimentar.