INGESTÃO DE MAGNÉSIO E ESCORE DE CÁLCIO ARTERIAL CORONARIANO NO ESTUDO ELSA-BRASIL

Objetivo: Verificar a associação da ingestão de magnésio com o escore de cálcio arterial coronariano (CAC), em participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal, desenvolvido a partir dos dados da linha de base do ELSA-Brasil. Para esta análise, foram incluídos apenas os participantes de São Paulo, sem história prévia de doença cardiovascular e submetidos ao exame para detecção do CAC (n=4.426). Os dados dietéticos foram coletados por meio de um questionário de frequência alimentar. A calcificação coronariana foi detectada através de tomografia computadorizada e o escore de cálcio coronariano foi classificado como 0 ou >0. Resultados: A população estudada apresenta 78% de adultos; com etnia predominante branca (52%), maioritariamente do sexo feminino (54%), não fumantes/ ex-fumantes (86%), com excesso de peso e obesidade (62%), sendo que 52% apresenta ensino superior ou pós-graduação. Após análise de regressão logística múltipla e ajuste pelos seguintes fatores de confusão (idade; sexo; escolaridade; renda; tabagismo; alcoolismo; atividade física; índice de massa corporal; doseamento sérico de vitamina D, potássio, fósforo e cálcio; colesterol plasmático; gordura saturada; energia total; menopausa; presença de diabetes e hipertensão e hipolipemiantes) os odds ratio (OR) (IC 95%) para o CAC (escore >0 vs 0) foram de 1,03 (0,84-1,28) e 0,90 (0,69-1,17) para a ingestão de magnésio no segundo e terceiro tercil, respectivamente. Conclusões: Não se observou associação entre a ingestão de magnésio e a presença de CAC no estudo ELSA-Brasil na população de São Paulo.