74866

INCAPACIDADE FUNCIONAL PARA ATIVIDADES BÁSICAS E INSTRUMENTAIS DA VIDA DIÁRIA

Favoritar este trabalho

Objetivo: Estimar a prevalência de incapacidade funcional para atividades básicas e instrumentais da vida diária em idosos, através de um estudo transversal de base populacional, e avaliar sua associação com características socioeconômicas, demográficas, comportamentais e de saúde. Métodos: O processo amostral foi realizado em múltiplos estágios e a unidade amostral primária foi os setores censitários do município. A prevalência de incapacidade funcional para atividades básicas e instrumentais foi avaliada através da escala de Katz e escala de Lawton, respectivamente. As variáveis independentes foram: sexo, idade, situação conjugal, classe econômica, situação ocupacional, escolaridade, consumo de álcool, prática de atividade física no lazer, Índice de Massa Corporal e presença de multi-morbidades. Para avaliar associação entre incapacidade funcional e variáveis de exposição, realizou-se análise bruta e ajustada para fatores de confusão através de Regressão de Poisson com variância robusta. Resultados: Foram entrevistados 1452 idosos. A prevalência de incapacidade para atividades básicas e instrumentais foi de, respectivamente, 36,1% e 34,0%, enquanto que a prevalência de incapacidade em ambas as atividades foi de 18,1%. Mulheres, indivíduos de mais idade, de menor escolaridade e acometidos por múltiplas morbidades apresentaram maior prevalência de incapacidade funcional. A atividade ocupacional e a prática de atividade física se mostraram fatores de proteção para o declínio da capacidade funcional em idosos. Conclusões: A elevada prevalência do desfecho em idosos indica a necessidade da elaboração de ações que busquem identificar precocemente indivíduos em risco na rotina da atenção básica, com o intuito de prevenir ou postergar o declínio da capacidade funcional.