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IMPACTOS FUTUROS DA TEMPEREATURA NA MORTALIDADE POR CAUSAS CARDIORRESPIRATÓRIAS NO BRASIL

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Objetivo: Identificar áreas de alto risco de mortalidade por aumento de temperatura, estimar o aumento percentual de óbitos por doenças cardiopulmonares e quantificar o excesso de óbitos em 18 capitais brasileiras conforme os cenários climáticos RCP 4.5 e 8.5. Métodos: As áreas de risco de mortalidade foram definidas de acordo com limiares de temperatura previamente publicados. Foi utilizado foi o Modelo Climático Regional Eta-Hadgem2-ES, regionalizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) conforme os cenários climáticos RCP 4.5 e 8.5 para os períodos 2011-2040, 2041-2070 e 2071-2099. Resultados: No cenário RCP 8.5 para o período de 2071-2099, aproximadamente 40% dos municípios brasileiros, localizados principalmente nas regiões Centro-Oeste e Norte, poderão apresentar altos riscos de mortalidade por calor. Em quase todos os municípios identificados como zona de alto risco, o aumento percentual da mortalidade por doenças respiratórias pode exceder 20%. As capitais Belo Horizonte, Curitiba, São Paulo, Goiânia e Brasília apresentaram o maior número de óbitos estimados nos períodos avaliados. Conclusões: Os resultados deste estudo fornecem informações relevantes para a elaboração e planejamento de futuras políticas de saúde voltadas para o enfrentamento das mudanças climáticas.