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HIPERTENSÃO ARTERIAL E SEU CONTROLE EM IDOSOS DA CIDADE DE SÃO PAULO – ESTUDO SABE.

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Objetivo: estimar a prevalência da hipertensão arterial sistêmica (HAS) e verificar o efeito do tratamento no controle da pressão arterial (PA) em idosos. Métodos: Utilizou-se dados do corte transversal de 2010 do Estudo de coortes SABE – Saúde, Bem-estar e Envelhecimento, que possui amostragem por conglomerados, em dois estágios, representativa dos idosos da cidade de São Paulo. As análises foram ponderadas para garantir a representatividade da população. Presença de HAS foi obtida por auto-relato e a PA foi medida 3 vezes em repouso. Foi feita regressão logística múltipla para avaliar o efeito do tipo de tratamento relatado no controle ou não da PA, controlando para variáveis sociodemográficas e de saúde. Resultados: A amostra do estudo representa 1.200.123 idosos da cidade de São Paulo em 2010. A prevalência de auto relato de HAS foi 65,5%, sendo 28,7% com PA controlada e 36,8% não controlada. A PA foi elevada em 13,6% dos idosos, sem que tivessem diagnóstico prévio de HAS, resultando em prevalência total de HAS de 79,2%. Dentre os que relataram HAS, 5,9 % não realizavam nenhum tipo de tratamento, 92,4% utilizavam medicamentos, 10,3% faziam dieta e 32,6% atividade física (AF) para o controle da PA. Os tratamentos isolados não se associaram ao controle da PA e os combinados apresentaram associações positivas: medicamento, dieta e AF (OR: 4,5; p=0,001), medicamento e AF (OR: 4,7; p=0,017) e medicamento e dieta (OR: 2,6; p=0,043). Conclusão: a combinação de métodos medicamentosos e não medicamentosos está associada ao melhor controle da PA.