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EXPOSIÇÕES AMBIENTAIS E CÂNCER DE ESTÔMAGO NA REGIÃO SERRANA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

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Objetivo: Descrever as características demográficas e algumas exposições ambientais potencialmente associadas ao desenvolvimento do câncer de estômago, neoplasia frequente na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro. Métodos: Encontra-se em andamento um estudo caso-controle, de base hospitalar, com indivíduos acima de 18 anos, de ambos os sexos e residentes há pelo menos dois anos na região, utilizando questionário relativo a exposições a agrotóxicos e hábitos de vida, como alimentação, tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas. Resultados: Até o momento foram entrevistados 21 indivíduos diagnosticados com neoplasia gástrica (casos) que eram em sua maioria homens (71,4%), com média de idade de 63,7 anos e baixa escolaridade; e 42 controles, pareados por sexo e frequência de idade, selecionados entre indivíduos hospitalizados com diagnóstico que não fosse de câncer ou suspeita do mesmo. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre casos e controles para escolaridade, cor da pele, uso de tabaco e de bebida alcoólica. A infecção por Helicobacter pylori que foi mais frequente nos casos (10,0%) do que nos controles (4,8%), assim como o uso de pesticidas agrícolas, relatado por 9,5% dos casos e 4,7% dos controles, embora ambos sem significância estatística (p>0,05). Conclusões: Os resultados preliminares permitem descrever as principais características dos casos e controles até agora entrevistados. Espera-se que a continuidade do estudo possibilite melhor compreensão do papel das exposições ambientais, notadamente a pesticidas, no câncer de estômago na região.