75267

COORTE DAS CRIANÇAS NASCIDAS NO HC/UFPE: FATORES ASSOCIADOS À SÍNDROME CONGÊNITA DO ZIKA

Favoritar este trabalho

Trata-se de pesquisa para acompanhamento longitudinal das crianças nascidas entre outubro de 2015 até fevereiro de 2016 no Hospital das Clínicas da UFPE, incluindo as crianças notificadas como suspeitas de microcefalia fora deste período. A coorte foi composta partindo do registro de nascimento e dados do parto, realizando busca ativa e vinculação ao ambulatório de puericultura do hospital para viabilização da atenção integral às crianças e redes sóciofamiliares. O seguimento parte do nascimento, com ênfase na abordagem neuroclínica e psicossocial analisando as repercussões e associações com infecção pelo vírus Zika durante à gravidez, a melhor caracterização da síndrome congênita e fortalecimento da rede perinatal. O acompanhamento do desenvolvimento infantil tem exigido avaliação das condições ambientais vinculadas aos fatores sociais, econômicos, de atenção à saúde considerando a indissociabilidade entre aspectos biológicos, subjetivos e sociais. A atenção às crianças e famílias é conduzida por equipe transdisciplinar, de maneira a realizar atenção integral e articulação em rede. Foram 453 crianças nascidas, 110 sendo acompanhadas até o momento, 55 delas compõem a série de casos dentro da coorte. Confirmadas com a síndrome são 17 crianças. A busca ativa territorial continua. Além da microcefalia congênita uma série de manifestações tem sido encontradas, como desproporção craniofacial, convulsão, irritabilidade, disfagia, contratura de membros, deformidades articulares e de membros, anormalidades auditivas e oculares e anomalias cerebrais, além de manifestações tardias. A proposta busca vincular a assistência à produção de conhecimento, de maneira a evidenciar a relação do vírus Zika aos achados clínicos e suas repercussões psicossociais.