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AVALIAÇÃO DE SISTEMA: VIGILÂNCIA DE EPIZOOTIA EM PRIMATAS, SÃO PAULO, 2009-2016.

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A morte de primatas não humanos (PNH) por febre amarela (FA) silvestre precede a ocorrência de casos humanos. Em 2006 este evento foi incluído na lista de doenças de notificação compulsória como estratégia de detecção da circulação viral em seu ciclo enzoótico. O estado de São Paulo vem sofrendo frequentes expansões em sua área de circulação, com nova epidemia no ano de 2016/2017, portanto é importante que a vigilância de epizootias esteja bem implementada. Objetivo: Descrever e avaliar o sistema de vigilância de epizootias em PNH no estado de São Paulo entre 2009 e 2016. Método: A avaliação baseou-se no “Uptated Guidelines for Evaluating Public Health Systems”, do Centers for Disease Control and Prevention, Atlanta, utilizando dados secundários do sistema de notificação de epizootias do estado. Resultados: O sistema foi considerado complexo devido ao fluxo como um todo, porém flexível e estável. Apresentou qualidade de dados regular, porém consistentes e aceitabilidade média. O Valor Preditivo Positivo foi baixo, isso pode ser justificado pela exigência de notificação de toda morte de PNH no território nacional, e considerado não oportuno, pois 65,4% foram notificadas dentro do tempo preconizado (24h); não representativo, por não existirem campos específicos para identificação do gênero do PNH acometido, o que impede a correta caracterização de pessoa. Útil, já que a maioria das epizootias confirmadas para FA antecederam casos humanos. Conclusão: A ficha de notificação possui falhas e a falta de insumos, fluxo e treinamento podem prejudicar o bom funcionamento do sistema e o alcance de seus objetivos.