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AMBIENTE ALIMENTAR E CONSUMO DE FRUTAS E VERDURAS: ESTUDO PRÓ-SAÚDE, RJ-BRASIL

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Objetivo Investigar a relação entre a disponibilidade de diferentes tipos de estabelecimentos que comercializam alimentos e o consumo de frutas e verduras (FV) entre adultos. Métodos Trata-se de estudo seccional inserido no Estudo Pró-Saúde (EPS), investigação longitudinal sobre determinantes sociais da saúde entre funcionários de campi universitários no Rio de Janeiro. Foram analisados dados de 2032 indivíduos coletados por meio de questionários autopreenchidos na fase 4 do EPS (2012-13). O desfecho foi o consumo de FV acima de 4 vezes por semana. Os estabelecimentos que comercializam alimentos foram classificados em 1) feiras, 2) hortifrutis, 3) mercearias e mercados, 4) lojas de alimentos não saudáveis (lanchonetes, padarias, bombonières etc.), 5) restaurantes, e 6) supermercados. Após georreferenciamento dos endereços dos participantes e dos estabelecimentos, a exposição de interesse foi definida como o número de estabelecimentos de cada categoria em áreas com raio de 1600m a partir das residências. Foram estimadas razões de chances (RC) e seus intervalos de 95% de confiança (IC 95%) por meio de modelos de regressão logística, ajustados por variáveis individuais (sexo, idade, renda familiar, escolaridade). Resultados A chance de consumo de FV foi maior entre residentes em locais com maior número de estabelecimentos ao redor da residência (quarto superior) de qualquer categoria, com exceção dos supermercados. Especificamente, as categorias feira e hortifutris apresentaram RC de 1,34 (1,01–1,78) e 1,49 (1,12 – 1,96). Conclusões Nesta população de estudo, a chance de consumo de FV foi maior em locais com maior concentração de estabelecimentos de quase todos os tipos disponíveis.