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ACESSO EM SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL

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OBJETIVOS: Avaliar a prevalência e os fatores associados à presença de acesso aos serviços de Atenção Primária à Saúde em adultos, no sul do Brasil. MÉTODOS: Estudo observacional transversal. A população do estudo compreende os adultos usuários de serviços de atenção primária à saúde (APS) de duas regiões de saúde, em 32 municípios com 562.595 habitantes, no sul do Brasil, em 2015. Foi realizada amostragem probabilística estratificada por município resultando em 1.076 indivíduos. Foram realizadas entrevistas estruturadas através de dois instrumentos (PCATool e questionário socioeconômico) por avaliadores treinados. As variáveis independentes foram: Região de Saúde (verdes campos / entre rios), Modelo de Atenção (saúde da família / tradicional / mista) e Sexo (feminino / masculino). O desfecho foi a presença de acesso nos serviços de APS (dicotômica). Regressão de Poisson (Stata) foi utilizada para obtenção das razões de prevalências. RESULTADOS: A prevalência geral de acesso foi 9,9% (IC95%: 8,1-11,8). Na análise ajustada, a maior prevalência de acesso foi encontrada entre os adultos da Região Entre Rios (RP 2,33 IC95%: 1,55-3,51), em Unidades de Saúde do tipo Mista (RP 2,05 IC95%: 1,21-3,45) e entre os usuários do sexo masculino (RP 1,91 IC95%: 1,31-2,78), todos com p<0,01. CONCLUSÕES: A prevalência de acesso esteve associada a características demográficas, do modelo de atenção e do contexto regional de saúde. O estudo pôde identificar características importantes que auxiliam no planejamento da APS no Sistema Único de Saúde.