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SINTOMAS DEPRESSIVOS E A PRÁTICA DE CAMINHADA EM IDOSOS DE SÃO PAULO - ESTUDO SABE

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Teve-se como objetivo estudar a associação entre sintomas depressivos e prática de caminhada em idosos do município de São Paulo (Estudo SABE - Saúde, Bem Estar e Envelhecimento). Estudo transversal, com amostra de 826 idosos. Sintomas depressivos (SD) foram avaliados pela Escala de Depressão Geriátrica (GDS), forma abreviada de 15 itens. Na análise bivariada utilizou-se o teste do Qui-quadrado, com correção proposta por Rao-Scott e posteriormente, utilizou-se a regressão logística (RL). Sexo, idade, escolaridade, estado civil, percepção da renda, importância da religiosidade, arranjo familiar, dificuldades no desempenho de atividade básicas da vida diária e em atividades instrumentais da vida diária, números de doenças crônicas e de medicamentos foram analisados em sua associação com SD. Utilizou-se na RL a estratégia stepwise, forward (nível de determinação p<0.20). Os resultados mostraram que 12,92% dos idosos têm SD e que 54,58% são insuficientemente ativos com relação à prática da caminhada. Observou-se uma associação significativa entre prática de caminhada e SD, prevalência mais elevada de SD em idosos pouco ativos (9,33%). No modelo de RL a prática de caminhada associou-se com SD indicando que idosos insuficientemente ativos tem a chance de 1,94 vezes mais (IC95%:1,14 – 3,29) de apresentar SD. Além disso, sexo feminino, renda insuficiente, percepção de saúde ruim, dificuldades em 3 ou mais ABVDs, dificuldades em 1 ou mais AIVDs, e não ter a religião como importante foram as variáveis que mantiveram associação positiva com os SD. Conclui-se que, praticar atividades físicas leves, como a caminhada pode ser importante na prevenção de SD.