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Introdução: Uma atenção pré-natal de qualidade é capaz de diminuir a morbidade e a mortalidade materno-infantil, uma vez que a identificação do risco gestacional pelo profissional permite a orientação e os encaminhamentos adequados em cada momento da gravidez. O objetivo do estudo foi descrever indicadores de qualidade da atenção pré-natal no Brasil no âmbito do 
Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ-AB). Métodos: Foram analisados número de 
 consultas, situação vacinal, prescrição de sulfato ferroso, exame físico, orientações e exames 
complementares, com base no que foi construído um indicador sintético de qualidade. Os dados 
foram coletados em 2012/2013 por meio de entrevistas realizadas por Avaliadores Externos do 
PMAQ às 6.125 usuárias que fizeram seu último pré-natal nas unidades de Saúde da Família. Resultados: Durante o pré-natal, 89% fizeram seis ou mais consultas, mais de 95% atualizaram a vacina 
antitetânica e receberam prescrição de sulfato ferroso, 24% referiram ter recebido todos os 
procedimentos de exame físico, 60% receberam todas as orientações e 69% realizaram todos os 
exames complementares. Apenas 15% das entrevistadas receberam atenção pré-natal adequada, 
considerando-se todas as ações preconizadas, sendo significativamente maior a proporção "de 
completude" da atenção em gestantes com mais idade, de maior renda, na Região Sudeste, nos 
municípios com mais de 300 mil habitantes e no quartil superior de IDH. Conclusões: Persistem desigualdades 
sociais e individuais que podem ser objeto de ações de qualificação dos processos de trabalho das 
equipes.