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MEDO ODONTOLÓGICO ENTRE OS ESTUDANTES INGRESSANTES NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS EM 2016.

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Objetivos: Identificar a prevalência e fatores relacionados ao medo odontológico em universitários. Métodos: Um estudo transversal foi realizado com estudantes ingressantes na Universidade Federal de Pelotas em 2016. Através de um questionário autoadministrado foram obtidas informações socioeconômicas, comportamentais e de saúde bucal. O medo odontológico foi medido pela Dental Anxiety Question (DAQ): Você tem/teria medo de ir ao dentista? Com opções de resposta: Não; Um pouco; Sim; e Sim, muito. As respostas foram dicotomizadas em sem medo (não ou um pouco) e com medo (sim ou sim, muito). A associação entre o medo ao tratamento odontológico e variáveis de exposição foi verificada por Regressão de Poisson com variância robusta. Foram estimadas Razões de Prevalência (RP) e intervalos de confiança (IC) de 95%. As análises foram conduzidas no pacote estatístico Stata 14.0. Resultados: Participaram do estudo 2.058 universitários com média de 22 anos de idade. A prevalência de medo foi de 21,3%. Após os ajustes na análise multivariada, o sexo feminino (RP 1.65; IC 1,34-1,92), presença de cárie (RP 1,47; IC 1,17-1,85) e extração dentária (RP 1,27; IC 1,03-1,57), autopercepção negativa de saúde bucal (RP 1,67; IC 1,39 – 2,01), uso irregular de serviços odontológicos (RP 1,30; IC 1,09 – 1,55) e presença de sinais e sintomas de depressão (RP 1,35; IC 1,11 – 1,65) estiveram associados com presença de medo. Conclusões: O medo odontológico é um sentimento presente entre os universitários, principalmente entre mulheres, entre aqueles com piores desfechos de saúde bucal e com sinais e sintomas de depressão.