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Objetivo: Realizar revisão sistemática para avaliar a influência de diferentes formatos de informações nutricionais, em diferentes tipos de restaurantes, nas escolhas alimentares saudáveis de adultos. Métodos: Conduziu-se busca sistemática em 12 bases de dados e em referências de artigos selecionados. Foram incluídos artigos de estudos experimentais e observacionais, com grupo controle e/ou pré-intervenção, realizados em ambientes reais de restaurantes. Duas pesquisadoras avaliaram a qualidade dos artigos utilizando ferramenta existente, que necessitou de adaptações em alguns critérios pelas particularidades da área de estudo. Resultados: A maioria dos 38 estudos incluídos teve como desfecho esperado a escolha de preparações culinárias menos calóricas. A informação nutricional foi mais efetiva em restaurantes coletivos (como universidades) do que em restaurantes comerciais, sobretudo fast food. As informações mais efetivas foram qualitativas, como símbolos identificando preparações mais saudáveis e semáforo nutricional. Entretanto, os critérios para definir uma preparação como saudável foram principalmente quantitativos (como quantidade de gorduras), não qualitativos (como presença de vegetais). Informações quantitativas, principalmente de calorias, tiveram pouca ou nenhuma influência nas escolhas alimentares. Em geral, os estudos foram considerados de qualidade moderada e não apresentaram grupo controle. Conclusões: Informações de calorias não são indicadas em restaurantes, que devem disponibilizar preferencialmente informações qualitativas para promover escolhas alimentares saudáveis. Recomenda-se no mínimo informação dos ingredientes das preparações culinárias, como garantia do direito do consumidor em saber o que está escolhendo. Sugere-se realizar mais pesquisas em ambientes reais de restaurantes, com grupos controle, testando informações qualitativas, de preferência selecionadas a partir de pesquisa prévia com consumidores.