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INCIDÊNCIA DE DEPRESSÃO EM IDOSOS - REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA

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Objetivo: Caracterizar a incidência de depressão em idosos em estudos longitudinais, com ênfase na quantificação das relações causais entre os fatores de risco e o início da doença. Metodologia: Durante os meses de julho a setembro de 2016 realizou-se uma busca junto à base de dados PubMed, com os seguintes descritores: “depression, depressive disorder, depression elderly, old aged e incidence”. Foram incluídos estudos observacionais longitudinais e de base comunitária, realizados com idosos. Resultados: Foram identificadas 2.955 referências. Após leitura dos títulos, resumos e artigos, foram selecionados 23 trabalhos. Dentre os treze estudos que avaliaram a incidência cumulativa de depressão, as medidas variaram de 1,4%, após três anos de acompanhamento de idosos na Suécia a 44,0%, após 15 anos de seguimento em estudo realizado na Holanda. Dentre os dez estudos que avaliaram a densidade de incidência de depressão, os extremos da distribuição variaram de 5 por 1000 pessoas-ano, em estudo de três anos de acompanhamento realizado na Austrália a 104,3 por 1000 pessoas-ano, acompanhadas por cinco anos na Nigéria. Os estudos indicaram uma probabilidade significativamente maior de depressão em idosos do sexo feminino, mais velhos, com baixa escolaridade, menor renda, com rede social comprometida, morbidades crônicas e multimorbidades, com comprometimento cognitivo, incapacidade funcional, com consumo arriscado de álcool e tabaco e pessimismo. Conclusão: O conhecimento sobre a incidência de depressão em idosos e os potencias determinantes de sua ocorrência são essenciais para estimar o risco de um idoso desenvolver a doença e, consequentemente, reduzir da carga global da doença.