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HALITOSE AUTO-REFERIDA E SUA RELAÇÃO COM O ESTRESSE ENTRE UNIVERSITÁRIOS

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Objetivos: analisar a ocorrência e a intensidade de halitose auto-referida entre universitários do sul do Brasil assim como testar sua associação com estresse. Métodos: Foi conduzido um estudo transversal com indivíduos ingressantes no primeiro semestre de 2016 na Universidade Federal de Pelotas. Questionários autoadministrados foram aplicados contendo questões sociodemográficas, sobre estresse e relacionadas à saúde bucal. A presença de halitose foi avaliada através da pergunta “Numa escala de 0 a 10, sendo 0 nenhum hálito e 10 mau hálito muito forte, como você classifica seu hálito?”. Indivíduos que responderam “0” foram considerados sem halitose, de 1/3 com halitose leve; 4/7 moderada; 8/10 severa. Para avaliação de estresse foi utilizado o índice anamnésico de Fonseca categorizado em quartil. Resultados: Participaram do estudo 2089 indivíduos (52% feminino). Apenas 16% dos indivíduos relatou não ter algum grau de halitose enquanto 61% relataram halitose leve. Modelo de regressão logística ordinal demonstrou que indivíduos mais estressados apresentaram uma razão de Odds (OR) 2,0 vezes maior IC95% [1,52-2,73] de apresentar halitose, mesmo quando controlado pela idade, sexo, renda, sangramento gengival autopercebido e autopercepção de saúde bucal. Indivíduos com 35 anos ou mais apresentaram uma chance 50% maior de apresentarem halitose assim como indivíduos que relataram ter a gengiva sangrando todos os dias apresentaram um OR 2,69 vezes maior. Conclusões: A maioria dos universitários relatou apresentar algum grau de halitose, sendo a halitose leve a mais prevalente assim como o estresse foi um fator fortemente associado com a presença de halitose.