74479

FATORES ASSOCIADOS À PRESENÇA DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR EM UNIVERSITÁRIOS

Favoritar este trabalho

Objetivos: analisar a prevalência e os fatores associados à presença de disfunção temporomandibular(DTM) entre universitários do sul do Brasil. Métodos: Foi conduzido um estudo transversal com indivíduos ingressantes no primeiro semestre de 2016 na Universidade Federal de Pelotas. Questionários autoadministrados foram aplicados contendo questões sociodemográficas, psicossociais, medidas autopercebidas de saúde bucal e variáveis comportamentais de saúde bucal. Para avaliação da prevalência e severidade das DTMs foi utilizado índice anamnésico proposto por Fonseca et al (1994), sendo a DTM categorizada em: ausente, leve, moderada e severa. Para mensuração do estresse e depressão foi utilizado o Índice de Percepção de Estresse proposto por Cohen & Williamson (1988) e a versão abreviada do Patient Health Questionnaire Depression Module (PHQ-9). Resultados: 2089 indivíduos (52% feminino) participaram do estudo. 42% apresentam algum grau de DTM. Modelo de regressão logística ordinal demonstrou que universitários do sexo feminino apresentaram maior chance de DTM (Odds Ratio (OR) 1,68 IC95% [1,37-2,06]) assim como aqueles que apresentaram menor renda familiar (1.37 IC95% [1,00-1,90]). Indivíduos com maior grau de estresse apresentaram odds 3 vezes maior IC95%[2.13-4.04] de apresentar DTM quando comparados a indivíduos menos estressados. Universitários com depressão e que relataram já ter realizado extração dentária apresentaram maior chance de possuir DTM. Indivíduos naturais de Pelotas apresentaram menor chance de apresentar DTM mesmo quando a análise foi controlada por sexo, renda familiar e estresse. Conclusões: A DTM apresentou uma elevada prevalência entre os universitários, sendo variáveis sociodemográficas, psicossociais e de saúde bucal associadas a ocorrência de DTM.