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EXPERIÊNCIA DE CÁRIE DENTÁRIA AUTORRELATADA E FATORES ASSOCIADOS EM UNIVERSITÁRIOS DO SUL DO BRASIL.

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Pouco se sabe a respeito de estudantes universitários e sua situação de saúde bucal. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar os fatores associados à experiência de cárie autorrelatada em acadêmicos ingressantes de uma universidade pública do sul do país. Métodos: Foi realizado um estudo transversal de uma coorte prospectiva com os universitários ingressantes no ano de 2016. Um questionário auto-administrado foi utilizado para coleta de dados e incluiu questões socioeconômicas, demográficas, psicossociais e de saúde bucal. As análises estatísticas foram realizadas através de regressão de Poisson. Resultados: Participaram do estudo 2089 acadêmicos e destes, 2077 responderam sobre experiência de cárie dentária. A prevalência de autorrelato de dentes afetados por cárie foi de 68,2%. Do total, 54,6% relataram ter dentes restaurados e 17,5% extraídos devido à cárie. Após ajustes, estudantes que relataram exercer atividade remunerada, possuir menor renda familiar, ter mãe com menor escolaridade e do sexo feminino apresentaram maior prevalência de experiência de cárie dentária. Ainda, foram observadas maiores frequências naqueles que relataram medo odontológico e que percebem a saúde bucal como ruim ou muito ruim. Para a condição mais severa da experiência da doença, a extração dentária, fatores biológicos também se mostraram associados. Conclusões: Fica claro que mesmo em uma população em ascensão quanto à escolaridade, os fatores socioeconômicos e as características comportamentais dos indivíduos estão fortemente relacionados a experiência de cárie dentária, mesmo que autorrelatada, em uma população de universitários do sul do Brasil.