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Introdução: os distúrbios do sono estão associados a problemas sociais e de saúde, sendo cada vez mais frequentes entre a população geral. Estudantes de medicina parecem estar mais expostos a esses distúrbios devido às exigências acadêmicas. Objetivo: avaliar a quantidade e satisfação do sono em estudantes de medicina e fatores associados. Método: estudo transversal com 128 estudantes do curso de medicina da Faculdade IMED, Passo Fundo, 2016. Foram avaliadas a satisfação com o sono (muito satisfeita/ satisfeita e insatisfeita/muito insatisfeita) e a quantidade de horas de sono (menos de 5, entre 5 e 6, entre 7 e 8, mais que 8). As variáveis independentes foram: consumo de bebidas estimulantes, utilização de medicamentos para dormir, cansaço, nervosismo, tensão elevada e falta de atenção diurnos auto-referidos. Resultados: a maioria dos estudantes dorme menos que 6 horas por noite (66,4%) e relata estar insatisfeita/muito insatisfeita com o sono (60,3%); 84% consome bebidas estimulantes ao longo do dia e 10,9% utiliza medicamentos para dormir. Sintomas como falta de atenção, nervosismo e tensão elevada são mais frequentes entre aqueles que dormem menos de 6 horas por noite e que são insatisfeitos com o sono. Conclusão: grande parte dos estudantes relata má qualidade e número reduzido de horas de sono. A irregularidade do sono condiz com a rotina de exigências acadêmicas do curso de medicina, sendo necessário o desenvolvimento de estratégias que melhorem a qualidade do sono, evitando distúrbios associados.