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CENTRO DE PARTO NATURAL INTRA-HOSPITALAR: UMA ESTRATÉGIA PARA REDUZIR A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA

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No Brasil ocorrem esforços para que a atenção ao parto se humanize, respeite os processos fisiológicos, restrinja intervenções desnecessárias, considere a mulher como protagonista. Objetivo: Avaliar a adesão do Centro de Parto Natural de São Mateus (intra hospitalar) às práticas de atenção ao parto e ao recém-nascido recomendadas pela OMS. Métodos: O CPN foi avaliado a partir de dados dos prontuários, comparando os anos de 2007 e 2014. Avaliamos presença do acompanhante, uso de ocitocina, episiotomia, posição no parto, índice de Apgar, contato pele a pele e amamentação. Realizou-se a análise de proporções e teste Qui-quadrado (p<0,05) comparando os períodos. Resultados: Em relação à estrutura o CPN se manteve de acordo com o preconizado pela legislação. Observamos que em 2014 houve maior presença de acompanhante (92,7% vs. 85,2%, p=0,000), a ocitocina foi menos utilizada (42,6% vs. 45,8%), houve redução do índice de episiotomia (19,3% vs. 23,7%). A posição semi-sentada, apesar de frequente, diminuiu em relação a 2007 (73,6% vs. 85,3%). A taxa de cesariana foi ao redor de 6,0%, o índice de Apgar ≥ 8 ocorreu em mais de 90% dos casos, aumentou o percentual de bebês amamentados (95,6% vs. 85,5%). O contato pele a pele foi de 50,3% em 2014. Conclusão: No CPN do Hospital Geral de São Mateus houve incremento na maioria dos indicadores analisados apesar de dificuldades vivenciadas nos oito anos analisados. Indica que assistência ao parto pode ser realizada garantindo a qualidade das práticas de atenção e com segurança à mulher e para o recém-nascido.