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Objetivo: Avaliar a dor dentária e fatores associados em estudantes ingressantes em uma universidade pública. Métodos: Este estudo transversal foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa e realizado a partir de dados de uma Coorte prospectiva de universitários ingressantes e regularmente matriculados no primeiro semestre da Universidade Federal de Pelotas, Pelotas-RS em 2016. A coleta de dados foi realizada através de questionários auto administrados nas salas de aula. Foram coletados dados socioeconômicos, demográficos, informações acerca da saúde bucal e sintomas depressivos, através do Patient Health Questionnaire-2 (PHQ-2). Para avaliação da dor dentária (desfecho), utilizou-se a “Você sentiu dor de dente nos últimos 6 meses?”, no caso de relato afirmativo de dor, foi questionado o que foi feito para resolver essa dor. Regressão de Poisson com variância robusta foi utilizada (P<0,05) Resultados: Ao total, foram entrevistados 2.089 estudantes. A prevalência de dor dentária nos últimos 6 meses foi de 31,4%, sendo que 33,7% foram ao dentista para resolver a dor, 12,1% tomaram medicamento por conta própria e 50,6% relataram que a dor passou espontaneamente. Após análise ajustada verificou-se uma prevalência menor de queixa de dor entre os mais velhos (mais de 35 anos) quando comparados aos mais jovens (16-17 anos), entre aqueles que percebiam melhor sua saúde bucal, não relataram experiência de cárie e não apresentavam sintomas depressivos. Conclusão: A auto percepção de dor dentária apresentou-se como um fenômeno multifacetado com influência de dimensões psicológicas e comportamentais, bem como de experiências passadas.