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ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO NO BRASIL EM 2013: OCORRÊNCIA E DETERMINANTES

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Objetivo: Descrever a prevalência de aleitamento materno exclusivo (AME) e os fatores associados em crianças brasileiras. Métodos: Estudo transversal de base nacional, realizado em 2013. A variável de AME foi construída por meio da idade da criança, conforme preconizado pela Organização Mundial da Saúde (0-5 meses e 29 dias) e, também, pela exclusão das crianças que consumiram outros alimentos ou bebidas que não o leite materno no dia anterior à entrevista. O desfecho foi operacionalizado pela seguinte pergunta: “Você pode me dizer quais destes alimentos <a criança> tomou ou comeu desde ontem de manhã até hoje de manhã?”. Realizou-se análise hierárquica entre o desfecho com as variáveis demográficas e socioeconômicas. Todas as análises foram realizadas no programa STATA 12.1, utilizando o comando svy. Resultados: A prevalência de AME foi de 20,6% (IC95% 18,5; 22,7) com maior proporção nas crianças residentes na região Sul [29,4% (IC95% 22,1; 36,7)] e naquelas que pertenciam ao quinto mais alto de posse de bens [30,5% (IC95% 24,2; 36,8)]. Mesmo após os ajustes para confusão, a prevalência de AME continuou maior na região Sul [RP= 1,32 (IC95% 0,94; 1,86)] e entre as crianças do quinto mais alto de posse de bens [RP=1,69 (IC95% 1,11; 2,58)]. Conclusões: Verificou-se baixa prevalência de AME apesar das políticas existentes para aumento do aleitamento materno. As desigualdades observadas sugerem que esforços adicionais são necessários para o entendimento das diferenças encontradas e das estratégias utilizadas pelas políticas públicas para o enfrentamento do problema.