PERCEPÇÃO DO TAMANHO CORPORAL E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS: RESULTADOS DO ELSA-BRASIL

Vol 2, 2021 - 140666
Pôster Eletrônico - PE09 - Epidemiologia da saúde do idoso (TODOS OS DIAS)
Favoritar este trabalho
Como citar esse trabalho?
Resumo

O objetivo foi avaliar a associação entre a percepção do tamanho corporal e fatores sociodemográficos e comportamentais em idosos. Analisou-se dados de 1499 homens e 1686 mulheres (60-74 anos) participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). A percepção do tamanho corporal foi avaliada por meio de escalas de silhuetas e foram propostas categorias de classificação considerando os graus de distorção (leve, moderada e grave). As associações entre as variáveis de exposição (atividade física; consumo de frutas, hortaliças e álcool; hábito de fumar; idade; escolaridade; renda per capita e estado civil) e o desfecho (percepção do tamanho corporal) foram verificadas por regressão logística multinomial. Entre os homens, ter escolaridade fundamental aumentou em 3 vezes a chance de subestimar o tamanho corporal, enquanto ser ex-fumante diminuiu em 40% essa chance. Chance mais elevada de superestimação leve foi observada entre os ex-fumantes, enquanto possuir menor escolaridade diminuiu em 30% essa chance. Em mulheres, a renda per capita média e baixa aumentaram em 3.8 e 4.7 vezes, respectivamente, a chance de subestimação do tamanho corporal. Diminuição da chance de superestimação leve foi observada entre aquelas que possuíam renda per capita baixa. Ser ex-fumante e fumante aumentou a chance de superestimação moderada e grave também no sexo feminino. Escolaridade, renda e hábito de fumar foram importantes para explicar a percepção do tamanho corporal. O desenvolvimento de políticas públicas educacionais e de controle do tabagismo poderão, além de melhorar as condições de vida e saúde, diminuir a distorção do tamanho corporal entre idosos.

Eixo Temático
  • Epidemiologia da saúde do idoso