INVESTIGAÇÃO DOS ÓBITOS FETAIS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO (SP), 2007 A 2017

Vol 2, 2021 - 139691
Comunicação Oral Coordenada - COC 33 - EXPERIÊNCIAS EM ANÁLISE DE BASES DE DADOS POPULACIONAIS
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Resumo

Analisou-se a evolução temporal das taxas de mortalidade fetal e a contribuição da investigação para redefinição da causa básica do óbito fetal no município de São Paulo (MSP) identificando os óbitos cuja declaração de óbito foi emitida pelos hospitais e Serviço de Verificação de Óbitos (SVO). Foi utilizada a regressão linear generalizada de Prais-Winstein para analisar a tendência da mortalidade fetal total e por estrato de peso (<2500g e ≥2500g) no MSP, 2007-2017. As investigações se concentram no período de 2012 a 2014, cerca de 90% dos óbitos com ≥2500g foram investigados. Houve tendência de aumento de anual de 1,5% (IC95%: 0,39; 2,59) da taxa de mortalidade de fetos com <2500g e de redução anual de 1,3% (IC95%: -2,30; -0,30) nos óbitos fetais ≥2500g. Os óbitos fetais totais apresentaram tendência de aumento anual de 0,9% (IC95%: 0,09; 1,81). Após a investigação, houve redefinição da causa básica de morte em 15% dos óbitos fetais com ≥2500g e a morte fetal não especificada (P95) representou 25% das causas de óbito. Os óbitos cuja declaração de óbito foi emitida pelo SVO, apresentaram maior alteração da causa de morte (16%), quando comparados aos serviços de saúde (11%). Conclui-se que os óbitos fetais de ≥2500g, alvo das ações de vigilância, apresentaram tendência de redução. A investigação apresentou contribuição para melhoria da definição das causas básicas de óbito e pode ter influenciado a redução da mortalidade dos óbitos evitáveis.

Eixo Temático
  • Avaliação de sistemas, políticas, programas e serviços de saúde