INIQUIDADES SOCIAIS NA AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE BUCAL ENTRE IDOSOS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

Vol 2, 2021 - 140243
Pôster Eletrônico - PE05 - Epidemiologia da saúde bucal (TODOS OS DIAS)
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Resumo

Objetivos: Medir a trajetória de desigualdades relativas e absolutas na autopercepção de saúde bucal (ASB) entre idosos de São Paulo/SP. Métodos: Foram utilizados dados do estudo Saúde, Bem Estar e Envelhecimento (SABE), cuja amostra foi representativa de idosos acima de 60 anos de idade residentes no município em 2000, 2006 e 2010. Os dados referentes à ASB, medida pelo Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI), e status socioeconômico (SEC) foram coletados por meio de questionários e exame clínico. O SEC foi avaliado com base no nível educacional dos idosos. No total, 1.568, 1.131 e 1.052 pessoas compuseram a amostra do presente estudo em 2000, 2006 e 2010, respectivamente. Para avaliar as desigualdades absolutas e relativas, foi calculado o índice absoluto da desigualdade (SII) e o índice relativo de desigualdade (RII), respectivamente. Resultados: Idosos com menor escolaridade apresentaram menor autopercepção de saúde bucal, e as desigualdades sociais absolutas e relativas foram estatisticamente significantes. O SII apresentou aumento ao longo dos anos, com valores de 17,87 (intervalo de confiança de 95% [IC], 4,63; 31,10) e 30,07 (IC95% 17,80; 42,34) em 2006 e 2010, respectivamente. O RII aumentou entre 2006 e 2010, na amostra de dentados, os valores foram de 1,65 (IC95% 1,18; 2,31) e 2,03 (IC95% 1,47; 2,82), respectivamente. Conclusões: Nossos resultados sugerem que a boa autopercepção de saúde bucal é maior para idosos com melhor SEC em São Paulo, com aumento significativo de desigualdades absolutas e relativas ao longo das ondas do estudo SABE.

Eixo Temático
  • Epidemiologia da saúde bucal