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Objetivo: avaliar os fatores associados à hesitação vacinal, em mães de crianças de até dois anos de idade. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, de uma amostra probabilística de 450 mães de crianças nascidas em 2015, que tinham, no momento da coleta de dados, dois anos de idade, residentes em Araraquara-SP. Foi utilizado o instrumento proposto pela Organização Mundial da Saúde. Para avaliar sua estrutura, foram realizadas análises fatoriais exploratórias e confirmatórias. Foram realizados modelos de regressão linear para avaliar os fatores associados à hesitação vacinal. Resultados: O instrumento apresentou consistência interna adequada (alfa de Cronbach: 80%). A análise fatorial mostrou dois componentes para a escala de hesitação vacinal: falta de confiança nas vacinas e percepção de risco das vacinas. Alta renda familiar foi associada à menor hesitação vacinal (maior confiança nas vacinas e menor percepção de risco das vacinas), enquanto a presença de outras crianças no domicílio foi associada a menor confiança nas vacinas. O bom relacionamento com profissionais de saúde também foi associado a menor hesitação vacinal. Da mesma forma, a disposição para aguardar a aplicação da vacina e o hábito da vacinação nas campanhas foram associados à maior confiança nas vacinas. O atraso proposital ou a decisão de não vacinar e a experiência anterior com reações adversas foram associados com menor confiança nas vacinas e maior percepção de risco das vacinas. Conclusão: Os profissionais de saúde desempenham um papel relevante no contexto da hesitação vacinal, orientando a vacinação por meio de uma relação de confiança.
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