FATORES DE RISCO NA MORTALIDADE NEONATAL EM CRIANÇAS NASCIDAS A TERMO EM SÃO PAULO

Vol 2, 2021 - 140346
Pôster Eletrônico - PE06 - Epidemiologia da saúde da criança (TODOS OS DIAS)
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Resumo

Objetivos: Estimar os fatores de risco à mortalidade neonatal no município de São Paulo entre 2012 e 2018. Métodos: Estudo de coorte de crianças nascidas no município de São Paulo entre 1 de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2017. Por meio de linkage foram reunidos SINASC e SIM. Foram realizadas análises de regressão de Cox, estimando (HR) para mortalidade neonatal (MN), com IC 95%, incluindo variáveis: idade gestacional (IG) (37, 38, 39, 40,41 e 42 semanas), escolaridade (básico; médio; superior), se a mulher vive com companheiro(a), número de consultas de pré-natal (7 ou mais; 4-6, 1-3. 0), tipo de nascimento (cesariana ou vaginal) e tipo de financiamento (público ou privado). Resultados: Foram incluídas 1,060,017 crianças. Apresentaram maior risco de mortalidade financiamento público (HR=2,79), cesariana (HR=2,16), não ter realizado nenhuma consulta pré-natal (HR=2,49) e nascimento com 37 semanas (HR=2,88). Mulheres com curso superior apresentaram menor risco de mortalidade dos bebês comparadas com aquelas com escolaridade fundamental (HR=0,66). Conclusões: Cesariana foi fator de risco, justificado por sua realização nos casos mais graves ou realização desnecessária com adição dano iatrogênico que pode culminar com o óbito. Os nascimentos no setor público também tiveram risco aumentado, supõem-se que falta de tecnologia para adequada assistência de casos potencialmente fatais, ou recursos humanos. Contrapartida, quanto maior a escolaridade da mãe, menor é o risco de óbito para a criança. Tais dados apontam para iniquidades no risco de mortalidade, indicam maior risco para crianças com mães menos escolarizadas e dependentes do SUS.

Eixo Temático
  • Epidemiologia da saúde da criança