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Objetivo: O câncer do colo do útero é um dos mais frequentes entre as mulheres, e a principal etiologia a infecção por alguns tipos do papiloma vírus humano (HPV). Apesar de ser identificado precocemente através do rastreamento, melhorando o prognóstico, as mulheres trabalhadoras do sexo (MTS) enfrentam barreiras de acesso aos serviços de prevenção. Pretende-se investigar fatores associados a realização do exame Papanicolau entre MTS no Brasil. Métodos: Estudo com 4245 MTS recrutadas por Respondent-Driven Sampling em um inquérito realizado em 12 cidades brasileiras em 2016. A associação entre variáveis explicativas e a realização do Papanicolau foi estimada por odds ratios (OR), e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) usando regressão logística, e dados ponderados pelo estimador RDS-II. Resultados: A prevalência de realização do Papanicolau nos últimos três anos foi 62,3%. Os fatores associados a realização do exame: idade> 40 anos (OR: 1,47, IC 95%:1,18-1,81); possuir ensino médio (OR:1,74, IC95%: 1,44-2,09), trabalhar em locais fechados (OR: 1,24, IC95%:1,03-1,49), histórico de testagem para HIV (OR: 2,15, IC95%: 1,74-2,65), participar de palestras educativas/ter recebido material preventivo para HIV/IST (OR:1,40, IC95%: 1,14-1,73), e participar de grupo organizado de promoção/defesa dos direitos de MTS (OR: 1,45, IC95%: 1,05-1,99). Conclusão: A prevalência da realização do Papanicolau foi abaixo dos percentuais encontrados em mulheres na população geral brasileira, indicando desigualdades no acesso aos serviços de saúde. É urgente ampliar o acesso a esse exame entre MTS, e com atenção para as mais jovens, com menor escolaridade e em contextos de maior vulnerabilidade social.
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