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Objetivo: Analisar diferenças étnico-raciais na Sífilis Gestacional (SG) e Congênita (SC) entre 2007-2018. Métodos: Realizou-se analise descritiva de casos notificados de SG e SC por raça/cor disponíveis no SINAN entre 2007 e 2018 de acordo com região, zona de residência, faixa etária da gestante, realização de pré-natal, idade gestacional e momento do diagnóstico, realização de teste não-treponêmico e evolução da SC. Resultados: Foram notificados 305.891 casos de SG e 197.974 casos de SC, entre os quais ocorreram 8,5% de informações faltantes de raça/cor na SG e 20,2% na SC. Das mulheres com SG (MSG) e raça/cor informada, 12,3% eram pretas e 48,3% eram pardas. Verificou-se maior proporção de MSG pretas e pardas no Nordeste e Sudeste, ao passo que as proporções de MSG brancas e indígenas se concentraram, respectivamente, no Sudeste e Norte/Centro-Oeste. Apenas as MSG indígenas apresentaram maior proporção de residência em zona rural. O diagnóstico no pré-natal foi mais frequente nas brancas e no parto, nas pretas. As indígenas tiveram menor frequência de diagnóstico no 1º trimestre e apresentaram a maior proporção de forma clínica terciária. As gestantes pretas foram as que menos realizaram exames não treponêmicos. Houve maior proporção de SG e SC entre adolescentes pardas, amarelas e indígenas. Ocorreu maior número de óbitos por SC entre as pretas, pardas e indígenas. Conclusão: Observamos desigualdades étnicos-raciais em relação às variáveis socioeconômicos e assistenciais na ocorrência da SG e SC com pior situação para as gestantes pretas, pardas e indígenas.
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