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Resumo

Objetivos: Avaliar a associação longitudinal entre consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) e síndrome metabólica (SM) em adultos. Métodos: Foram avaliados 894 adultos da coorte de nascimento de Ribeirão Preto-SP (1978/79) avaliados aos 23-25 anos e aos 37-39 anos. O consumo alimentar foi avaliado aos 23-25 anos por meio de Questionário de Frequência Alimentar e os alimentos classificados pelo grau de processamento segundo a classificação NOVA. A proporção em gramas de consumo de AUP em relação às gramas totais da dieta foi calculada e categorizada em tercis. Aos 37-39 anos, avaliou-se a incidência de SM e seus componentes segundo critérios do Joint Interim Statement, exceto para os triglicerídeos, que foi considerado alterado se ≥175ml/dL. Os riscos relativos (RR) de SM e seus componentes foram estimados por regressão de Poisson com variância robusta e os modelos ajustados pelas variáveis identificadas pelo Directed Acyclid Graph (DAG) e pela ingestão calórica diária total. Resultados: O consumo médio de AUP foi de 802,5g, representando 36,6% do consumo alimentar total. A incidência de SM foi de 37,8%. Não foi observada associação significativa entre o consumo de AUP e SM (RR 2º tercil: 1,16; IC95%: 0,97-1,38; RR 3º tercil: 1,01; IC95%: 0,83-1,22). Contudo, considerando os componentes da SM separadamente, observou-se maior risco de hipertrigliceridemia nos indivíduos do 2º tercil de consumo de AUP (RR 2º tercil: 1,30; IC95%: 1,05-1,62; RR 3º tercil: 1,10; IC95%: 0,86-1,41). Conclusões: O consumo de AUP não foi associado com o maior risco de SM, porém, observou-se evidência de associação com a hipertrigliceridemia.

Eixo Temático
  • Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT)