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Objetivo: descrever aspectos clínicos e demográficos prévios de idosos que desenvolveram hipertensão arterial sistêmica (HAS) entre 2010 e 2016. Metodologia: Estudo longitudinal com dados do Estudo SABE – Saúde, bem estar e envelhecimento, de base populacional, com uma amostra representativa da população idosa da cidade de São Paulo. A HAS foi identificada de acordo com diagnóstico médico prévio, média de PA ≥140/90mmHg ou uso de medicamento anti-hipertensivo. Foi feita análise ponderada dos dados. A ocorrência de HAS foi analisada apenas entre idosos normotensos em 2010 que foram reavaliados em 2016. Resultados: Em 2010, 20% dos idosos eram normotensos de acordo com o critério utilizado. De 2010 a 2016, 36,3% dos normotensos que continuaram no estudo desenvolveram hipertensão. Entre os normotensos de 2010, 35,5% das mulheres e 37,4% dos homens desenvolveram hipertensão. Em relação a faixa etária, 28,8% dos idosos de 60-69 anos, 53% de 70-79 e 56% de 80+ desenvolveram HAS. O mesmo aconteceu para 53% de idosos com 0-3 anos de escolaridade, 55,7% dos diabéticos, 61,7% de idosos com doença coronariana, 63% de idosos com sobrepeso e 34,2% de obesos. Nenhum idoso entre os incidentes de 2016 relatou doença cerebrovascular prévia. Das características avaliadas, a única diferença significativa encontrada foi entre faixas etárias (p=0,009). Conclusão: A frequência de idosos mais velhos que desenvolveu hipertensão foi o dobro da frequência observada em idosos de 60-69 anos. Além disso, mais da metade dos idosos normotensos diabéticos, com baixa escolaridade, com doença coronariana ou sobrepeso em 2010 desenvolveu HAS em 2016.
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