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Objetivo Avaliar a tendência da densidade energética (DE) da alimentação no Brasil. Métodos Foram utilizados dados de aquisição de alimentos para o consumo domiciliar no Brasil, oriundos das Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF) dos anos de 2002-03; 2008-09; e 2017-18. Para cada item alimentar, após excluídas as frações não comestíveis, a quantidade foi convertida para obter a aquisição diária por indivíduo; foram aplicados fatores de correção e de cocção; a quantidade em gramas foi convertida em energia utilizando a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA); e então, foi calculada a DE de alimentos sólidos. Os alimentos foram classificados em: in natura ou minimamente processados; ingredientes culinários; alimentos processados; e alimentos ultraprocessados. Foram calculados valores médios e a evolução da DE total e dos grupos da NOVA, avaliada por modelos de regressão linear (desfecho: DE; exposição: ano de estudo), com respectivos IC 95%. Resultados No período investigado, a DE da dieta não apresentou variação significativa [2002-03: 1,97 (1,95-1,98) 2017-18: 1,94 (1,91-1,96)]. Considerando 2017-18, os grupos da NOVA mais densos são os ultraprocessados (3,11) seguido dos processados (2,82), sendo considerados alimentos de alta DE (>2,25). Mesmo após agregar os ingredientes culinários ao grupo de in natura ou minimamente processados (1,71), eles não são considerados elevados. Houve aumento da DE para alimentos processados [0,008 (IC 95%: 0,005; 0,011)] e para alimentos ultraprocessados [0,006 (IC 95%: 0,001; 0,010)]. Conclusões Apesar da estabilidade da DE, houve aumento da DE para alimentos processados, seguido dos ultraprocessados, os quais contribuem para a ocorrência de doenças crônicas.
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