RELAÇÃO ENTRE A QUALIDADE DA GORDURA DA DIETA MATERNA E O PESO AO NASCER DO RECÉM-NASCIDO

Vol 2, 2021 - 139661
Comunicação Oral Coordenada - COC 25 - DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL E VULNERABILIDADE INFANTIL
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Resumo

Objetivo: investigar a relação da ingestão usual de ácidos graxos e índices de qualidade da gordura da dieta de gestantes com as categorias de peso ao nascer do recém-nascido. Métodos e Procedimentos da Pesquisa: coorte prospectiva conduzida entre 734 pares de mães-recém-nascidos no Brasil. A estimativa da ingestão dietética foi realizada por meio de inquéritos recordatórios de 24 horas. Dados secundários de peso ao nascer, sexo da criança e duração da gestação foram obtidos. A relação entre os ácidos graxos e índices com as categorias de peso ao nascer foi investigada empregando-se modelos de regressão logística ajustados por fatores de confusão. Foi adotado o nível de significância de p <0,05. Resultados: a idade mediana (P25; P75) materna foi de 27 (23; 31) anos, 46,2% das gestantes tinham IMC pré-gestacional ≥25kg/m², 18,1% eram portadoras de diabetes mellitus gestacional e 11,2% de hipertensão arterial sistêmica. Quanto aos recém-nascidos, 68 (9,3%) foram classificados como PIG, 545 (74,2%) AIG e 121 (16,5%) GIG. Em modelos de regressão logística ajustados observou-se menor chance de GIG entre os filhos de mulheres classificadas no terceiro tercil de ingestão de ácidos graxos poli-insaturados [OR 0,52 (IC95% 0,31-0,89), p= 0,02], ômega 3 [OR 0,48 (IC95% 0,28-0,80), p= 0,005], ômega 6 [OR 0,56 (IC95% 0,33-0,96), p= 0,04] e das razões poli-insaturado/saturado [OR 0,54 (IC95% 0,32-0,92) p= 0,03] e hipocolesterolêmicos/hipercolesterolêmicos [OR 0,51 (IC95% 0,30-0,87) p= 0,01], quando comparadas às do primeiro tercil. Conclusão: os dados do presente estudo sugerem que uma melhor qualidade da gordura da dieta materna pode reduzir a chance de recém-nascidos GIG.

Eixo Temático
  • Epidemiologia nutricional