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Objetivo: Descrever a prevalência de deficiência de vitamina B12 em crianças brasileiras de 6 a 59 meses segundo macrorregiões e faixa etária. Métodos: Os dados provêm do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI-2019), um inquérito domiciliar nacional com uma amostra probabilística de 14.558 crianças residentes em 123 municípios brasileiros. Foram coletados 8 mL de sangue por punção venosa em 8.829 crianças de 6-59 meses. As concentrações séricas de vitamina B12 foram avaliadas por ensaio imunoenzimático por quimioluminescência. A prevalência de deficiência de vitamina B12 (<150 pmol/L) foi descrita por meio de estimativas pontuais e intervalos de confiança dos 95% (IC95%). A ausência de sobreposição de IC95% revelou a presença de diferenças estatisticamente significativas. O plano amostral complexo em ambiente R foi considerado. Resultados: A prevalência da deficiência de vitamina B12 para o Brasil foi de 14,2% (IC 95%: 12,2-16,2). A maior prevalência foi observada na região Norte (28,5%, 19,0-38,0), seguida da região Sudeste (14,0%, 10,4-17,5), Centro-Oeste (12%, 9,7-14,3), Nordeste (11,7%, 8,6-14,9) e Sul (9,6%, 7,1-12,1). Foi observada maior prevalência entre crianças de 6 a 23 meses (25,5%, 21,9-28,9), quando comparada àquelas entre 24 e 59 meses (8,5%, 6,5-10,5), especialmente entre crianças de 6 a 23 meses da região Norte (39,4%, 26,0-52,9). Conclusão: A deficiência de vitamina B12 em crianças é um agravo de saúde que requer atenção no Brasil pois atinge pelo menos 14% das crianças de 6 a 59, além de ser mais frequente entre crianças de 6 a 23 meses, e por apresentar diferenças regionais importantes.
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