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-Objetivo: Investigar a relação entre padrões alimentares durante a gestação e peso ao nascer. -Método: Trata-se de uma coorte prospectiva que empregou dados de um estudo transversal prévio conduzido entre gestantes adultas, complementados com dados obtidos pelo Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC). Foram excluídos os casos de diabetes mellitus gestacional, gemelaridade, semana gestacional no parto >42 e dados incompletos, totalizando 600 binômios mãe-bebê. O peso ao nascer foi classificado em pequeno para a idade gestacional (PIG) e grande para a idade gestacional (GIG) empregando-se as curvas do Intergrowth-21st. Dois inquéritos recordatórios de 24 horas foram obtidos e a dieta usual foi estimada empregando-se o Multiple Source Method. Os padrões alimentares foram obtidos pela análise de componentes principais utilizando-se o método de rotação Varimax. Os padrões observados foram: tradicional brasileiro, lanche, café e saudável. A relação entre os padrões alimentares e o peso ao nascer foi investigada em modelos de regressão logística em função backward ajustados por potenciais fatores de confusão. -Resultado: Na presente amostra, 62 (10.3%) bebês foram classificados como PIG e 79 (13.2%) como GIG. Em modelos de regressão logística ajustados constatou-se que filhos de mulheres classificadas no terceiro terço de ingestão do padrão tradicional brasileiro [OR 0.521 (IC 95% 0.278; 0.974), p = 0.04] apresentaram menor chance de GIG quando comparados aos bebês de mulheres do primeiro terço. -Conclusão: Nossos dados sugerem uma menor chance de GIG entre recém-nascidos de mães com maior adesão ao padrão alimentar tradicional brasileiro durante a gestação.
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