Anais do 11 º Congresso Brasileiro de Epidemiologia

Objetivo: analisar a infraestrutura e o processo de trabalho adequados na atenção básica para o diagnóstico, manejo e tratamento da sífilis da população brasileira. Métodos: Estudo com delineamento transversal, realizado com dados dos ciclo I (2012), ciclo II (2014) e ciclo III (2018) do PMAQ. O desfecho infraestrutura foi definido a partir da presença de EPI, teste rápido de sífilis e Benzilpenicilina benzatina e processo de trabalho a partir da resposta afirmativa às perguntas “A equipe solicita sorologia para sífilis?”; “A oferta de serviços e encaminhamentos das gestantes é baseada na avaliação e classificação de risco e vulnerabilidade?”; “A equipe solicita sorologia para HIV?”; “É feita aplicação de Peniclina G Benzatina na UBS?”. As variáveis independentes foram região, IDH-M, porte do município e cobertura de ESF. Resultados: Verificou-se um aumento de 40 p.p na infraestrutura, passando de 2,0% no ciclo I para 41,8% no ciclo III. Quanto ao processo de trabalho, houve um aumento de 47,3% no ciclo I para 75,7% no ciclo III. As melhorias mais expressivas foram nas regiões mais ricas, com maior IDH-M, municípios de maior porte e com menor cobertura de SF. Conclusão: resultados reforçam a eficácia das iniciativas governamentais para melhoria no diagnóstico e manejo da sífilis no Brasil, e identificam dissonância com o aumento das taxas de sífilis no Brasil, sugerindo a necessidade de enfoque do investimento no rastreamento e monitoramento dos casos e parceiros.