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INTRODUÇÃO: Estudos sobre a relação entre violência física familiar e prática de atividade física em adolescentes são escassos. O objetivo desse estudo foi avaliar a interferência da violência física familiar no tempo de atividade física de deslocamento e lazer em adolescentes escolares brasileiros. METODO: Utilizou-se os dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2015 com adolescentes matriculados no 9º ano de escolas públicas e privadas das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal. Violência física familiar foi aferida referente a agressões sofridas até 30 dias antecedentes à entrevista. Atividade física de lazer e de deslocamento referentes aos 7 dias antecedentes à entrevista foram mensuradas através de questionário validado. Atividade física foi categorizados em quantis. Utilizou-se o método de regressão quantílica multivariada para avaliar a associação entre exposição e os tipos de atividade física. As análises foram estratificadas por sexo e ajustadas por idade, morar com pai, morar com a mãe, tipo de escola, raça/cor e score de bens, com significância p < 0.05. RESULTADO: Amostra com paridade proporcional entre os sexos, idade média de 14,28 anos (DP: 0.012) e 14,5% que sofreram agressão física. Para ambos os sexos, adolescentes expostos gastaram menos tempo em atividade física de lazer (meninos: p < 0.01; meninas: p < 0.001). Em relação a atividade física de deslocamento, tanto meninos quanto meninas expostos apresentaram maior tempo nessas atividades (meninos: p < 0.05; meninas: p < 0.001). CONCLUSÃO: Os achados indicam interferência distinta da violência física familiar nos diferentes tipos de atividade física.
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