AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS ORGÂNICOS NO BRASIL 2008-2018

Vol 2, 2021 - 141822
Pôster Eletrônico - PE40 - Epidemiologia nutricional (TODOS OS DIAS)
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Resumo

Objetivo: Avaliar a evolução da aquisição de alimentos orgânicos no Brasil entre 2008 e 2018 e descrever as características sociodemográficas dos consumidores. Métodos: Dados de aquisição da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) realizada em 2008-2009 (n=56091 famílias) e 2017-2018 (n=58039). Calculamos os percentuais de famílias que adquiriram produtos orgânico por inquérito e suas médias da aquisição (em gramas/semana) estratificadas por renda familiar e anos de estudo do chefe da família, considerando o desenho amostral da pesquisa. Resultado: O percentual e as médias de aquisição de alimentos orgânicos foram de 1,79% e 42,8g (erro padrão=6) em 2008 e 1,64% e 28,3g (2,9) em 2018. Nos dois inquéritos a média e o percentual de aquisição foram maiores nas famílias cujo chefe teve mais de 15 anos de estudo (2008: 87.0g; 5.2% /2018: 82,0g; 4,3%) vs famílias cujo chefe não tem instrução (2008:25,1g; 0,9% /2018: 21,5g; 0,7%) e nas famílias com renda a partir 25 salários-mínimos (2008:103,4g; 5,8% /2018: 172,1; 9,5%) vs (2008:25,2g; 0,9% / 2018:10,3g; 0,5%) famílias com renda de até 2 salários. Foi observado aumento nas médias (de 50,3g para 95,0g) e no percentual de aquisição (de 2,9 para 5,3%) nas famílias com renda superior a 10 salários entre os anos 2008 e 2018 e redução nas médias (de 25,2; 26,7 para 10,3; 7,7, respectivamente) para as 2 menores faixas de renda (até 3 salários). Conclusão: A aquisição de alimentos orgânicos no Brasil é um comportamento de famílias com maiores níveis de renda e escolaridade.

Eixo Temático
  • Epidemiologia nutricional