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ECTOPARASITAS DE Hypostomus sp. (Teleostei: Siluriformes) EM RIACHOS URBANOS E PRESERVADOS NO BAIXO IGUAÇU

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Os riachos são mais sensíveis as ações antrópicas que os cursos de água maiores. A fauna desses ambientes é composta por espécies de peixes de pequeno porte, geralmente endêmicas. O objetivo do estudo foi analisar a ocorrência de ectoparasitas em Hypostomus sp. em quatro riachos, bem como comparar os índices de parasitismo nestes ambientes. Entre setembro de 2014 e junho de 2015 foram analisados 43 espécimes, destes, 17 hospedeiros (39%) estavam parasitados. Foram encontrados 719 monogenéticos da espécie Phanerothecioides agostinhoi. Não houve correlação significativa entre o comprimento padrão do hospedeiro e a abundância de parasitismo, da mesma forma, não foi encontrado correlação entre o peso do hospedeiro e a abundância de parasitas. Quando comparada a abundância de parasitas e os ambiente urbano e preservado, verificou-se diferença significativa, sendo o maior nível de parasitismo no ambiente urbano. Em relação ao Kn e a abundância de parasitas não houve correlação significativa entre eles. Os resultados demonstraram que a maior abundância de monogenéticos nos riachos urbanos pode ter sido influenciada pelo aporte de esgotos domésticos carreados para dentro dos riachos e que apesar da abundância de parasitas ter sido maior no ambiente urbano o Kn dos peixes estava dentro da normalidade. Assim, nos estudos de ectoparasitas como bioindicadores da qualidade ambiental, tais organismos são os que melhor respondem às alterações ambientais, pois estas interferem no sistema imune do hospedeiro podendo favorecer o parasitismo.