80349

AS LINGUAGENS VERBAL E NÃO-VERBAL NA ATIVIDADE AÉREA: UMA ANÁLISE SEMIÓTICA DO LIVRO FLIGHTPATH

Favoritar este trabalho

Desde 2008, pilotos e controladores de voo, a nível internacional, devem possuir proficiência linguística oral em inglês, oportunizando, assim, a proliferação de materiais didáticos para tal finalidade. Sob o prisma de uma pesquisa qualitativa descritiva, que preza pelos valores da linguagem não-verbal da mesma forma que da verbal, apresentamos um panorama geral do livro didático Flightpath, bem como analisamos minuciosamente sua primeira unidade. Evidenciamos, em cada atividade, a partir de qual linguagem (verbal ou não-verbal) a decodificação e a construção de sentido originam-se. Identificamos como a linguagem verbal se relaciona à linguagem não-verbal conjugadas em suas respectivas atividades e/ou páginas, apontando os possíveis papéis do imagético quando ilustrativo, quando completa o sentido da linguagem escrita ou oral, ou, ainda, quando tem, apenas, a função decorativa no espaço no qual se insere. Nota-se, que muitas dessas atividades estão fora de consonância com a realidade de uso de língua por esses profissionais, pois, acreditamos que os modelos perceptivos ativados nesses profissionais sejam, primeiramente, imagéticos, e, consequentemente, verbal-sonoro/visual. De acordo com a Teoria da Dupla Significação de Paivio, o código imagético está concatenado ao código verbal-sonoro (e consequentemente ao escrito), ativando, na memória, processamentos diferentes paralela ou sincronicamente dos ativados pelo código verbal-escrito.