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O USO DE DIAGNÓSTICOS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE

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Introdução: A participação do profissional de enfermagem na prevenção e controle de infecção dá-se, predominantemente, por meio da qualificação dos procedimentos técnicos e reorganização dos processos de assistência direta e indireta. No Processo de Enfermagem, utilizando o raciocínio clínico, são identificados diagnósticos de enfermagem (DE) os quais são direcionados cuidados de enfermagem. Dentre as principais classificações de DE, destaca-se a NANDA International (NANDA-I). O uso DE, no processo de enfermagem, favorece a continuidade e o aumento da qualidade da assistência. Objetivo: A fim de contribuir para a atuação do profissional enfermeiro assistencial na prevenção de Infecção Relacionadas á Assistência à Saúde (IRAS), este trabalho buscou analisar o reconhecimento, por parte do enfermeiro, de respostas humanas relacionadas ao risco e ocorrência de IRAS e intervenções implementadas e verificar a correspondência das intervenções propostas com as requeridas nos protocolos de prevenção de IRAS disponíveis na instituição. Método: Estudo observacional, descritivo, longitudinal e prospectivo realizado na Unidade de Clínica Médica do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, com sujeitos de ambos os sexos, adultos hospitalizados no período de maio a setembro de 2016. Trata-se de uma amostra não probabilísticas de conveniência. Na primeira fase do estudo, foram coletados dados pertinentes para caracterização do perfil epidemiológico e clínico dos sujeitos, bem como os DE e intervenções mais prevalentes, a partir de análise de prontuários. Após esta fase, foram comparadas as intervenções propostas pelo enfermeiro com aquelas definidas em manuais e protocolos da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da instituição, utilizando Mapeamento Cruzado. Resultados: A amostra consistiu de 159 registros de indivíduos, predominantemente idosos, portadores de hipertensão e diabetes, que permaneceram hospitalizados em média 9,6 dias (DP:+/-7,8). Os principais DE encontrados foram: Integridade Tissular Prejudicada, Risco de Quedas e Risco de Glicemia Instável. As principais atividades de intervenção foram: Monitorar sinais vitais, Manter decúbito elevado a 30º/45º, Observar saturação de oxigênio e Realizar glicemia capilar. Dentre as atividades recomendadas pela CCIH, 81,8% puderam ser mapeadas. Quanto à conformidade, apenas as atividades: Manter isolamento, conforme apropriado e Não molhar curativo de cateter no banho obtiveram índice maior a 60%. Conclusão: Os DE e atividades relacionadas mais prevalentes na população em questão foram relacionados principalmente à mensuração de parâmetros vitais e medidas de higiene; as medidas de prevenção específicas de infecção estavam prescritas, porém em número abaixo do esperado.