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DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM PRESENTES EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM HEMODIÁLISE RELACIONADOS AO DOMÍNIO PROMOÇÃO DA SAUDE DA NANDA-I.

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Introdução: O conhecimento dos diagnósticos de enfermagem prevalentes em uma população de pacientes específica, como os de insuficiência renal crônica, contribui para organizar e ampliar os conhecimentos da enfermagem. Além de facilitar a implementação do Processo de Enfermagem nas unidades de diálise. Objetivo: Identificar os Diagnósticos de Enfermagem presentes em Pacientes Renais Crônicos em Hemodiálise Relacionados ao Domínio Promoção da Saúde da Nanda-I. Método: É um estudo descritivo e transversal realizado em Fortaleza-CE. No período de dezembro de 2014 a janeiro de 2015. A amostra foi composta por 25 pacientes renais crônicos em hemodiálise. A coleta de dados deu-se por entrevista semiestruturada. Foi feito o julgamento clínico dos dados encontrados, como base em Alfaro-LeFevre (2014). A pesquisa foi aprovada em Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará com parecer Nº 392.488 CAAE: 19640613.2.0000.5534. Resultados: Foram encontrados dois diagnósticos de enfermagem no Domínio Promoção da Saúde, são eles: Disposição para controle aumentado do regime terapêutico caracterizado por escolhas do dia a dia adequadas para o atendimento das metas do tratamento presente em 18 pacientes, que pode ser justificada por 15 pacientes possuirem companheiro(a) e família presente, o que contribui no enfrentamento das mudanças acarretadas pela doença, melhor aceitação e adesão ao tratamento, pois a família surge como mecanismo de proteção e apoio psicossocial. Outro diagnóstico encontrado em 5 pacientes foi Manutenção ineficaz de saúde caracterizada por incapacidade de assumir as responsabilidades de atender as práticas básicas de saúde. A presença deste diagnóstico sugere certa contradição com o anterior, porém sabe-se que apesar de a família oferecer apoio, ainda assim o paciente sofre com a incapacidade do tratamento, com a restrição alimentar e hídrica severa; limitações físicas como mal estar, fadiga e perda das forças; rotina de tratamento desgastante e que reduz o desenvolvimento de atividades laborais. Além de que, essa ineficácia pode ser percebida com o fato de 14 pacientes apresentarem Hipertensão Arterial Sistêmica, 24 apresentar glicemia capilar elevada, ou seja, apesar da Hipertensão e o Diabetes serem as doenças de base para o desenvolvimento da insuficiência renal, ainda assim os pacientes seguem displicentes em relação ao seu controle. Outro fato que pode justificar o diagnóstico é a prevalência do sexo feminino, 15 pacientes, já que as mulheres em tratamento hemodialítico em geral desenvolvem as funções domésticas, comprometendo seu tempo com o cuidado do lar e dos filhos, levando ao descuido com alimentação, estado físico e mental. Ademais, traz-se a importância do fator relacionado a renda familiar, pois 22 dos pacientes entrevistados ganham entre 1 e 2 salários mínimos. O que também dificulta no engajamento do paciente em hábitos para garantir uma melhor qualidade de vida. Conclusões: Os resultados mostram que os pacientes sofrem bastante com a adequação ao novo estilo de vida que o tratamento impõe, sendo difícil a adaptação e necessário o apoio da família e de uma rede de apoio psicossocial, garantindo mais engajamento deste em seu tratamento e em ações que melhorem seu bem-estar.